terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Pela voz das palavras

Para quem não sabe, estou a desenvolver um projeto com as crianças do ensino pré-escolar e outras já do primeiro ano onde proponho tarefas de oralidade para melhorar a expressão oral e outras para trabalhar competências de pré-leitura e pré-escrita.
A par das historias, conduzo os meninos para que tomem consciência do real e do imaginário. A abrir as portas do seu mundo, do seu conhecimento que quero ampliar. A confiar nas suas possibilidade e a riscar pela mão os lápis de cor, do carvão e das canetas coloridas.
Pela voz da poesia, da musica, da imagem, do jogo, do escrito, elas ganham pontos a cada dia.
Tenho orgulho do que faço, gosto do empenho, dos risos contentes, das suas palavras novas, da empatia que ganhamos todos...
Obrigada mais uma vez à Direção do Agrupamento que me ofereceu mais um desafio tão importante na minha vida.Mais um projeto feito com amor para tantos meninos que me enchem o coração.
Não podia deixar escapar a oportunidade a pretexto do aniversario da Bruna que hoje faz 5 aninhos.
Poucos anos mas cheios de conquistas e de bons amigos. Parabéns e dias felizes para todos vós.
Beijinhos

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Didática afetiva


Segundo o psiquiatra chileno Cláudio Naranjo a educação atual produz zombies. Ele diz que investir numa didática afetiva é a saída para estimular o auto conhecimento dos alunos e formar seres autónomos e saudáveis. 
Este psiquiatra formou-se em medicina na Universidade do Chile, especializou-se em psiquiatria em Harvard e tornou-se pesquisador e professor da Universidade de Berkeley. Desenvolveu teorias importantes sobre tipos de personalidades e comportamentos sociais. Ele é um dos nomes propostos para o Nobel da paz.
Há mais de três décadas que ele sugere que os educadores devam ser mais amorosos, afetivos e acolhedores. Segundo ele o programa das escolas roubam a infância e a juventude das pessoas que transmitem o saber de maneira catedrática e inadequada. Os alunos não são preparados para desenvolver as suas potencialidades intelectuais, amorosas, naturais e espontâneas. “ Quando há amor na forma de ensinar, o aluno aprende mais facilmente qualquer conteúdo”.

As constituições dos países, em geral, asseguram a liberdade de expressão aos adultos mas não falam das crianças. São elas que mais necessitam dessa liberdade para se desenvolver como pessoas sãs, capazes de saber o que sentem e se expressar. Quando os pais se derem conta disso eles serão uma grande ajuda porque têm muito poder de mudança. 

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Bons pensamentos

Hoje, Luís Osório, jornalista que muito aprecio nos pensamentos e nas palavras publica novo romance "Amor". 
Amor, palavra absoluta que traça caminhos para os outros como ele  disse em entrevista. 
O nosso país cheio de assimetrias: vitorias estrondosas como aquela a que assistimos ontem em Paris e pessoas assim... Cheias de sensibilidade, a ensinar que a vida é para ser percebida e vivida com intensidade. 
Se pusermos intenção no que fazemos e agirmos com boa fé estamos, certamente, a fazer o mundo um sitio onde vale a pena estar. 
Em Portugal há mudanças, há outros rumos, outros caminhos a estrear. A começar pelo ensino artístico no ensino pré escolar e no primeiro ciclo já no próximo ano letivo.  
Estou contente pelas novidades. Faço contas e figas para que a voz da poesia, da musica e da dança se faça ouvir na escola para afastar a rudeza da violência e do descontentamento. A escola a dignificar a Cultura é a prova viva de que estamos a crescer, a construir as novas gerações  com mais sabedoria, a aprender com os erros do passado. 
Os nossos meninos estão bem. Gostam da escola, brincam, pintam, cantam, ouvem musica. Nunca estão tristes porque fazem coisas importantes todos os dias. Com prazer...






























Beijinhos e deixem espaço para bons pensamentos




sábado, 2 de julho de 2016

Os nossos heróis na Ludoteca de Seia


Para fechar as actividades lectivas, na Sexta Feira, fomos á Ludoteca de Seia. 
Com a simpatia e a disponibilidade de sempre, a Educadora Lala recebeu-nos muito bem e com um programa de actividades que prometiam surpresas. 
O espaço renovado, com cenários a entreabrir o futuro, a fazer-nos pensar em galáxias e planetas, é acolhedor, cheio de requinte e apetrechado para nos oferecer desafios. 
A Ludoteca é um espaço onde tudo é possível para fazer as crianças felizes. 
Um grupo partia para um pedy paper ( mesmo a propósito) e nós ali ficamos com tudo para nós. Tratados como convidados especiais cheios de privilégios. 
Começamos por visitar o espaço, experimentar a sala do teatro onde havia adereços para todos os gostos: fatos de Cinderela, bruxas, astronautas, índios... Havia uma caixa de tesouros e um palco onde éramos os réis da casa.




















Noutra sala, depois,  pegámos nas tintas, nos brilhos, nas tesouras e aprendemos a forma das asas, a magia dos pincéis e das cores.
















Na cozinha, aprendemos a cor, a textura, o sabor, o cheiro e o sumo das frutas: havia pêssego, melão, uva, kiwi, a maça e a melancia. Fizemos espetadas para levar para a sobremesa na escola. A experiência foi intensa... Fomos chefs. Os olhos habituavam-se ao colorido da cozinha, aprendiam o valor dos alimentos. Afinal, somos heróis da fruta e estamos familiarizados com esta delicia dos sentidos.









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O professor Batista levou-nos ao Cento da Terra,uma sala intimista onde nos contou belas historias com aquela voz intensa, com a graça e o sentido de humor que empresta ás narrativas. Expressivo, eloquente, divertido e feliz a levar as crianças ao riso .  A falar de um rei tirano que quer uma estrela só para ele e a estrela a ensinar que a beleza pertence a todos e que todos a merecem. A falar da galinha ruiva, da teia e da meia e nos baralha no jogo; no sapo e a menina que se deixa encantar e que, finalmente percebe a beleza daquele sapo feliz e contente. O prazer é indizivel...










O transporte deito por duas vezes foi oferta da Dra. Verónica, Diretora do Centro de Explicações de Seia e quem deixo um grande beijinho e uma palavra de apreço pela simpatia e generosidade. 
Á Educadora Lala, obrigada pelo acolhimento, pela disponibilidade e pelo carinho. Deixem-nos a porta aberta para outra visitas, Gostamos tanto... 
De tarde, ainda fomos comer um gelado para nos despedirmos sem conseguir dizer adeus. 
Depois, esperamos ansiosos pela hora dos pais nos virem buscar para lhes mostrarmos os nossos saquinhos que fizemos com tanto esmero e bom gosto. A guardar os trabalhos de um ano inteiro. 
Somos outros, com certeza!
 Beijinhos