Desenvolvimento da
oralidade/Escrita criativa
A criança no
Jardim de Infância deve ter oportunidade de expressar ideias e emoções para se
organizar e para criar pré-competências para a escrita.
A língua
oferece-nos um manancial de palavras de que a criança deve apetrechar— se
progressivamente para se expressar com clareza e autonomia.
Nós, Educadores,
temos uma grande responsabilidade na forma como as crianças se expressam.
Devemos criar
momentos de reflexão, de discussão de ideias. Temos também de falar
pausadamente e com respeito por tudo
aquilo que a criança exprime no dia-a-dia. Somos ouvintes e recetores de tudo o
que as crianças vivem, sentem e aprendem.
As historias
estão aí para serem “lidas”, reinventadas e sequenciadas para criar um discurso
coerente e criativo.
Fica aqui uma
história da Maria Carolina criada a partir de um jogo de cartões (imagens
soltas).
Eu registei
apenas e, dei-lhe a coragem para ela a transformar com a imaginação que nunca
lhe falta.
“Era uma vez um castelo com duas torres. Morava lá a Carolina, o Ricardo, a Rosa Salete e a Salomé. Uma vez foram todos passear. Encontraram um coelho. Depois de fazerem a caminhada foram construir a árvore de Natal.
A seguir foram comer um gelado ao café da Letinha. Estiveram lá até á meia-noite. Deitaram-se muito tarde. Apareceu lá a menina Rita e o André. Foram á estação de Nelas apanhar o comboio.
Foram para o porto. Ouviram o sino na igreja a tocar já na cidade do Porto.
Foram descansar no hotel Jotel. Ao fim de descansar foram andar de barco no rio douro.
Gostaram muito do passeio. Foram almoçar ao restaurante. Foram a pé. Encontraram um cogumelo na erva molhada. Foram para casa de carro.
Em casa, foram fazer o jantar. À sobremesa havia cerejas, maças, morangos e bolo de requeijão.
Foram deitar comida ao cão, foram ao lago dos patos e viram lá um patinho. Foram ver a novela e, no intervalo viram um elefante. Acho que eram comprimidos para a memória."
A maleta que
traz os livros da biblioteca escolar é uma ponte para os pais lerem histórias
mas, também, para os meninos lerem, depois as suas histórias à sua maneira. De
preferência, que as reinventem com a sequencialidade que se impõem ate aos
nossos pequeninos.
Beijinhos e até
breve
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